O texto “Animação cultural”, publicado em 1998, aborda a temática da relação entre o homem e o objeto. Como citado, essa é uma reflexão, desde muito tempo, abordada, já presente em histórias religiosas, uma delas na qual o homem seria um objeto feito de barro e, com um sopro divino, a vida foi gerada nele. Apesar de ser uma narrativa antiga, a visão do ser humano como um objeto está presente até hoje. Essa realidade pode ser percebida no filme “O Dilema das Redes”, lançado em 2020, no qual apresenta a relação do homem com a tecnologia - um objeto criado por ele, mas que, agora, o domina. No caso específico das redes sociais, pode-se dizer que são ferramentas criadas inicialmente com o propósito de comunicação, mas que, ao longo dos anos, foram se tornando um objeto de dominação dos homens. Um exemplo disso são as entrevistas mostradas no documentário, nas quais os trabalhadores de grandes empresas, como a Google, afirmam que eles tinham consciência de que estavam desenvolvendo atualizações em seus sites e aplicativos para viciar os usuários, além de manipular suas preferências e influenciar suas opiniões. Essa dinâmica ilustra uma inversão preocupante: o sopro divino que dava vida aos homens nas narrativas antigas foi substituído pelas redes sociais, que agora exercem um controle significativo sobre a humanidade. Dessa forma, tal transformação concorda com Flusser quando afirma que "em vez de funcionarmos em função da humanidade, esta passa a portar-se em função do nosso próprio funcionamento". Portanto, observa-se uma mudança paradigmática na relação homem-objeto, onde a criação passa a dominar seu criador, levantando questões cruciais sobre autonomia, livre-arbítrio e o futuro da interação humana com a tecnologia.
Meu nome é Juliana, tenho 18 anos e, apesar de ter nascido em São Paulo, moro aqui em BH desde pequena. Sou uma pessoa muito organizada, dedicada e apaixonada por leitura. Comecei a me encantar por arquitetura e urbanismo ano passado, mas sinto que já era um sonho que estava no meu coração há mais tempo, só não tinha percebido isso antes. Principalmente, porque sempre gostei de ver o planejamento de casas e prédios, além de pensar em como deixá-los práticos e funcionais.
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