Nos três primeiros capítulos de "Filosofia da Caixa Preta", Vilém Flusser estabelece as bases de sua análise crítica sobre a fotografia e a sociedade tecnológica. Ele introduz conceitos essenciais, como o de "imagem técnica", diferenciando-a das imagens tradicionais, bem como explora a noção de "aparelho", destacando que as câmeras fotográficas funcionam como dispositivos programados que moldam nossa percepção da realidade. Além disso, Flusser discute como o ato de fotografar influencia nossa interação com o mundo. Nesses capítulos, o autor já introduz a ideia da "automatização da criatividade", argumentando que as câmeras, ao programarem os fotógrafos, podem limitar sua expressão genuína. Para ele, "as imagens técnicas tornam-se 'falsas', 'feias' e 'ruins'", além de falharem em reunificar a cultura, apenas fundindo a sociedade em uma massa amorfa". Outro ponto abordado é a crítica à ilusão de objetividade das fotografias, que, embora pareçam neutras, são construções influenciadas tanto pela tecnologia quanto pela cultura. Como Flusser afirma: "Pelo domínio do input e do output, o fotógrafo domina o aparelho, mas pela ignorância dos processos internos, é por ele dominado", assim, o indivíduo acredita estar produzindo fotos autorais, quando, na verdade, é um produto da massificação cultural. Portanto, essas reflexões iniciais estabelecem uma abertura para uma análise mais profunda sobre como a fotografia e outras tecnologias visuais transformam nossa relação com a realidade, a informação e o mundo ao nosso redor.
Meu nome é Juliana, tenho 18 anos e, apesar de ter nascido em São Paulo, moro aqui em BH desde pequena. Sou uma pessoa muito organizada, dedicada e apaixonada por leitura. Comecei a me encantar por arquitetura e urbanismo ano passado, mas sinto que já era um sonho que estava no meu coração há mais tempo, só não tinha percebido isso antes. Principalmente, porque sempre gostei de ver o planejamento de casas e prédios, além de pensar em como deixá-los práticos e funcionais.
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