Nos últimos três capítulos do livro "Filosofia da Caixa Preta", Vilém Flusser aborda "a recepção da fotografia", "o universo fotográfico" e "a urgência de uma filosofia da fotografia". Ele discute como a fotografia molda a maneira como percebemos e compreendemos o mundo, não apenas reproduzindo a realidade, mas também construindo novas formas de ver. Nessa lógica, as fotos já se tornaram tão comuns atualmente, como objetos sem valor, que a consciência histórica e a faculdade crítica dos humanos foram reprimidas por elas, programando-os para terem uma visão mágica do mundo. Além disso, o filósofo entende o "universo fotográfico" como um espaço onde a imagem se torna mais significativa do que a própria realidade - um ambiente em que os programas das câmeras e as intenções dos fotógrafos se sobrepõem à experiência direta. Segundo ele, "todas as virtualidades inscritas no programa, embora se realizem ao acaso, acabarão se realizando necessariamente", assim, os seres humanos não teriam nem mais o poder de escolha de tirar a foto, como destacado anteriormente nos outros capítulos, já que a fotografia já seria tirada. Por isso, Flusser argumenta pela necessidade urgente de uma filosofia da fotografia, que questione criticamente essa nova forma de produção de sentido, expondo a função das imagens na modelagem de nossas visões de mundo e de nossas relações com a realidade. De acordo com o autor, esse é o único meio pelo qual a revolução ainda possível, por apontar um caminho para a liberdade - jogar contra o aparelho.
Meu nome é Juliana, tenho 18 anos e, apesar de ter nascido em São Paulo, moro aqui em BH desde pequena. Sou uma pessoa muito organizada, dedicada e apaixonada por leitura. Comecei a me encantar por arquitetura e urbanismo ano passado, mas sinto que já era um sonho que estava no meu coração há mais tempo, só não tinha percebido isso antes. Principalmente, porque sempre gostei de ver o planejamento de casas e prédios, além de pensar em como deixá-los práticos e funcionais.
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