O filósofo Vilém Flusser, em seus textos "Nosso programa" e "Imagem com computador", explora a evolução do pensamento humano e o problema da liberdade por meio dos recursos finalístico, causalístico e programático, contextualizando-os na revolução tecnológica e na produção de imagens. O recurso finalístico atribui um propósito à existência visto que "considera o universo situação que representa um estágio num progresso rumo a um estágio final entendido" e, com isso, questiona se o homem é realmente livre diante desse destino predeterminado. Já o pensamento causalístico, influenciado pelas ciências naturais, interpreta o mundo como uma cadeia de causas e efeitos, permitindo uma ilusão de liberdade subjetiva devido à complexidade dos eventos. Por outro lado, o pensamento programático coloca o acaso como elemento central, no qual a realidade se manifesta a partir de possibilidades pré-programadas em aparelhos. Dessa forma, Flusser argumenta que esta última abordagem está gradualmente substituindo as anteriores, especialmente no contexto da computação gráfica, onde a programação se torna o meio principal de criação e manipulação de imagens. Esta mudança de paradigma não apenas afeta nossa percepção da realidade e nossa relação com as imagens, mas também desafia fundamentalmente as explicações finalísticas e causalísticas. Portanto, sugere que tanto o propósito quanto a causa são, na verdade, interpretações ingênuas do acaso programado, principalmente em um mundo onde "os modelos todos são da mesma espécie: são programas" e o acaso vira necessidade, limitando a liberdade à permutação destes. Assim, o filósofo finaliza o texto "Nosso programa" dizendo que ser livre "depende de se aprenderemos em tempo de sermos tais jogadores, se continuarmos a sermos 'homens', ou se passaremos a ser robôs: se seremos jogadores ou peças de jogo".
Meu nome é Juliana, tenho 18 anos e, apesar de ter nascido em São Paulo, moro aqui em BH desde pequena. Sou uma pessoa muito organizada, dedicada e apaixonada por leitura. Comecei a me encantar por arquitetura e urbanismo ano passado, mas sinto que já era um sonho que estava no meu coração há mais tempo, só não tinha percebido isso antes. Principalmente, porque sempre gostei de ver o planejamento de casas e prédios, além de pensar em como deixá-los práticos e funcionais.
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