Parágrafo - "Arqueologia" e "Artes e Ofícios"

O "Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG" e o "Museu de Artes e Ofícios" apesar de representarem épocas distintas possuem similaridades em seu acervo. Na seção de arqueologia do museu da universidade, há diversos objetos utilizados pelos antigos povos da região mineira, tais como vasos de cerâmica, ferramentas de pedra lascada e polida para a caça, além de artefatos utilizados para a rituais religiosos, como urnas funerárias. Tudo isso apresentado em um ambiente que simulam a organização de um sítio arqueológico, apresentando camadas de terra, ossos e instrumentos encontrados em escavações. Já o de "Artes e Ofícios" apresenta também utensílios manuseados pelos povos brasileiros, mas mais evoluídos e, consequentemente, trazem uma riqueza maior de detalhes e de funções. Alguns exemplos desse amplo acervo são: instrumentos como arados, enxadas e foices que mostram as práticas da agricultura; picaretas, pás e lanternas que simbolizam o dia a dia dos mineiros; máquinas movidas a pedal ou a manivela, usadas em indústrias; cadeiras de barbeiro, moldes de sapato, máquinas de costura e carrinhos de mão para transportar os comércios fabricados. Além disso, há obras artesanais de cunho feminino, como tecelagem e bordado, e de caráter religioso, feitas por escultores e fundidores de sino. Dessa forma, o primeiro museu visitado, apresenta os primórdios da relação do homem com a natureza ao criar os primeiros utensílios a partir dos elementos disponíveis na região - como mostra a cena inicial do filme "2001: uma odisseia no espaço" - e o segundo, o aperfeiçoamento desses. Portanto, os objetos expostos em ambos os museus não são apenas artefatos, mas sim, um testemunho do tempo que reflete a criação - no museu de arqueologia - e a transformação -  no museu de artes e ofícios - das ferramentas, as mudanças nas práticas laborais, as inovações tecnológicas e os valores culturais que moldaram a sociedade brasileira.