A teoria do não-objeto, proposta por Ferreira Gullar, apresenta uma nova perspectiva artística que se distancia dos objetos convencionais e da representação figurativa tradicional. O não-objeto não pode ser confundido com um antiobjeto, visto que ele é uma criação única que combina experiências sensoriais e mentais - podendo assim ter a forma de um objeto, apesar de não o ser. Diferentemente das pinturas clássicas ou das fotografias, que reproduzem a realidade, o não-objeto possui um significado intrínseco, ou seja, apresenta-se por si só ao não remeter a nada além de sua própria forma. Além disso, ele demanda uma participação ativa do espectador, extrapolando a mera observação passiva. Dessa forma, o papel do observador evolui da simples contemplação para uma ação efetiva, uma vez que o não-objeto é considerado inacabado por natureza, necessitando da interação para sua realização plena. Assim como pode ser observado na tirinha da página 88, em que a placa da "II exposição neoconcreta" diz que mexer nos não-objetos não é só permitido, como é um favor fazê-lo. Portanto, conclui-se que o não-objeto se revela incompleto e oferece ao espectador a possibilidade de completá-lo, estabelecendo uma obra aberta e interativa, onde a presença do observador é condição para sua plena realização.
Meu nome é Juliana, tenho 18 anos e, apesar de ter nascido em São Paulo, moro aqui em BH desde pequena. Sou uma pessoa muito organizada, dedicada e apaixonada por leitura. Comecei a me encantar por arquitetura e urbanismo ano passado, mas sinto que já era um sonho que estava no meu coração há mais tempo, só não tinha percebido isso antes. Principalmente, porque sempre gostei de ver o planejamento de casas e prédios, além de pensar em como deixá-los práticos e funcionais.
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